segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Jane Eyre - Charlotte Brontë

As irmãs Brontë - Charlotte e Emily sobretudo — constituem um exemplo clássico do que se quer dizer quando se fala na palavra gênio. Filhas de um pároco de aldeia, criadas numa região rural da província inglesa de Yorkshire - que até hoje guarda algumas semelhanças com o nordeste brasileiro - dificilmente essas moças simples poderiam ter a experiência de vida e sociedade que demonstram, Charlotte em seus famosos Jane Eyre e Shirley, e Emily não menos célebre Morro dos Ventos
Uivantes. Talvez por isso haja, em ambas as autoras, uma certa ingenuidade, que leva literatos mais esnobes a fazerem-lhes restrições; mas pode-se dizer que é por isso mesmo que suas obras são tão famosas. O público sabe reconhecer o autêntico, e não vai atrás de sofisticações gratuitas, artifícios literários ou filosóficos, filigranas de beletrista.
Jane Eyre é uma narrativa simples, direta — a história de uma jovem órfã pobre e nada bonita (como a própria Charlotte, que por pouco não chegava a ser feia), e sua luta em busca de afirmação e dignidade, numa época - a vitoriana — e num país - a Inglaterra de até hoje — onde o sentimento de classe se ergue como uma barreira imposta não apenas de cima para baixo, mas também de baixo para cima.
 
 
Opinião da Moderadora:
Confesso que AINDA não li esse livro, mas já está na lista de próximas leituras! Por oposição já vi o filme e a minissérie (disponíveis no site), os quais AMEI. A mini série em especial mexeu muito comigo, a história é mais esclarecedora do que no filme e faz-nos sofrer ainda mais. A autora poderá ter-se baseado na sua própria vivência ao escrever este livro, já que ela e a persongem, Jane têm diversas características em comum. Comentem!
 

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